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A deusa Freya e os rituais do Seidr

A deusa nórdica Freya, além de seus multíplos poderes é também também uma Grande Deusa Feiticeira. Foi ela quem ensinou o Seidr, as sessões rituais de feitiçaria viking conduzida pelas Valas ou Volvas, mulheres videntes com dons proféticos. Os rituais do Seidr aconteciam da seguinte maneira: armava-se uma plataforma chamada “cadeira da bruxa”, que ficava acima da plateia e onde uma Volva se sentava. As Volvas, nesses rituais, usavam uma capa azul, um colar de vidro também azul, um capuz de pele de cabra, seguro por uma fita feita de pele de gato branco e um bastão com uma cobertura de metal na ponta, incrustado com pedras preciosas. Esses objetos eram símbolos de seu poder de acessar outros mundos e receber informações de lá.

Antes de começar o ritual a Volva recebia uma refeição sacrificial feita de corações de vários animais. Depois os participantes entoavam cânticos mágicos com a intenção de induzir nela um estado de transe. Quando a Volva alcançava esse estado, a plateia fazia perguntas a ela, normalmente relacionadas as estações vindouras, as colheitas, fartura ou escassez de alimentos, sobre o destino das pessoas presentes e sobre questões amorosas – temas ligados a Freya.

Esses rituais de profecias Seidr foram realizados por muitos séculos em toda a região rural escandinava, mesmo ela já cristianizada. O culto à Freya foi o último da tradição nórdica a desaparecer, demonstrando a força da deusa para esses povos.

Trecho do livro O LEGADO DAS DEUSAS 2

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