O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Mini retrospectiva e a sabedoria do mito de Inana para um 2019 mais leve

 

2018 foi o ano em que as máscaras caíram. Em que o guru “iluminado” se mostrou abusador, o tio “amoroso” se mostrou revanchista, a curadora “acolhedora” se mostrou discriminadora, o brasileiro “cordial” se mostrou violento e hostil. E em que nós mesmas – “pessoas do bem” – nos mostramos tão raivosas.

Foi duro. Porém – e por causa disso – tivemos ganhos. Primeiro, hoje estamos de mãos dadas com mais gente, as novas irmãs, e temos mais clareza sobre quem somos e o que defendemos de verdade.

O segundo ganho quem traz é a antiga deusa da Suméria, Inana. Para cumprir sua heroica jornada ela tem que se desfazer de todas as roupas, e roupas de certa forma também são máscaras.

Nua, Inana corajosamente ultrapassa a escuridão do submundo e volta para a luz. Sai disso como alguém mais forte, mais sábia – e mais leve.

Igualmente, nós passamos o ano nos desfazendo de máscaras, de ilusões quanto a outros, de personas e de desculpas quanto a nós mesmas e agora, no mínimo, estamos mais leves.

Que nosso 2019 seja leve, solto, sábio, forte e profundamente amoroso, porque o afeto faz toda diferença.

Feliz Ano Novo!

 

 

 

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