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Acolhimento: o fundamental de um círculo de mulheres

Vivemos tempos áridos, nos quais atitudes como agressividade, competição sem limites, intolerância, dureza e até violência são mais valorizados que gentileza, solidariedade, apreço pelas diferenças e compassividade. Os primeiros tendem a ser vistos como força e como características do princípio masculino; os segundos, como fraqueza e características do princípio feminino.

Nesse ambiente, a não ser que a pessoa seja um “macho alfa” – e mesmo assim há controvérsias –, todo mundo sofre. Todo mundo está ferido, especialmente as mulheres.

O verdadeiro acolhimento pode ser um remédio milagroso para transformar essa dor: aliás, é uma das melhores coisas que um bom círculo de mulheres pode oferecer. Um lugar, como disse Ma Devi, em que “possamos lamber nossas feridas”, receber atenção respeitosa e afetiva.

Um espaço de aceitação verdadeira, de gentileza e cuidado mútuo e apoio, mas sem infantilização nem vitimização, em que todas sejam tratadas como iguais:
mulheres adultas e capazes, mesmo que feridas.

E no qual também podemos arriscar, ousar mostrar lados que escondemos por vergonha ou medo, experimentando ampliar nossa identidade.

Trecho do livro Circulo de mulheres – as novas irmandades

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