O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Falando simples sobre psicoterapia junguiana

Outro dia uma jornalista me pediu um texto falando se acho que ainda há preconceitos contra quem faz qualquer tratamento psicológico, e também que desse uma explicação simples sobre as bases da psicologia junguiana.

Fiz uma pós-graduação nessa linha de psicologia que uso em meus textos, pesquisas e trabalhos com contos de fadas e mitos. Aliás, esses usos são ótimos para preparar a gente para explicar de jeito simples coisas complicadas… Então, esse post com minhas respostas para ela servem para quem não é do ramo e quer saber um pouco sobre essa linha, que além de tratar pessoas também é um jeito profundo de olhar o mundo.

Quanto aos tabus e preconceitos em relação a quem faz tratamentos psicológicos, tenho visto que cada vez mais pessoas entendem que fazer terapia não é “coisa de doido” e sim “coisa de gente que quer ser mais maduro, feliz e completo”.  Há muitos caminhos para isso, e a psicoterapia junguiana é um deles.

Como as outras linhas, a psicoterapia junguiana ou analítica tem por objetivo auxiliar pessoas que passam por dificuldades psicológicas de qualquer tipo e/ou que desejam “apenas” conhecer melhor a si mesmas.

Coloco “apenas” entre aspas porque conhecer a nós mesmas é um caminho que nunca termina, mas que vale muito a pena! Tanto que o fundador dessa psicoterapia, o suíço Carl Jung, chamou esse trabalho de “processo de individuação” porque ele vai nos tornando cada vez mais equilibrados, mais integrados, mais completos, mais “nós mesmos”.

Essa psicoterapia parte da ideia de que nós temos um inconsciente, isto é, uma parte interna que não conhecemos direito, da qual não temos consciência, mas que age em nós. Para entender isso, pense quantas vezes fazemos algumas coisas, cismamos com algo ou reagimos aos outros de maneiras que não nos fazem bem, por exemplo repetindo padrões autodestrutivos de relacionamento.  A terapia vai nos familiarizando com essas partes internas, procurando trazendo-as à consciência para podermos lidar melhor com elas.

Para isso, a terapeuta habilitada utiliza recursos técnicos e costuma trabalhar com sonhos. Também pode usar elementos de arte terapia como desenho e pintura para dar forma a essas partes internas que, aliás, não são apenas destrutivas. Muitas vezes elas são criativas e ricas, sendo que esse trabalho pode nos levar a descobrir talentos e dons que desconhecíamos em nós mesmas.

Qualquer pessoa pode fazer essa terapia. O importante é procurar um profissional com referências, idôneo, e com o qual você sinta afinidade ou simpatia. Todo cuidado é pouco na hora da escolha: busque informações sobre ela ou ele. Os honorários variam bastante, e há formas mais acessíveis de fazer essa terapia, como nos serviços de atendimento oferecidos por faculdades de psicologia; vale fazer uma busca nisso também.

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