O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

A artista servia Marina Abramovic disse nesse filme que “não tenho família, sou só e vou para onde meus impulsos e ideias me levam”. De coração partido pelo fim do casamento, um impulso a trouxe para o Brasil onde ela fez uma longa peregrinação espiritual “adoro os espaços do “meio”, onde se perde as referencias”:

Em Abadiânia participou das famosas atividades curativas de João de Deus, em Alto Paraiso de uma cerimonia de comunidade esotérica, na Chapada dos Veadeiros fez sua primeira experiência com a ayuasca, na Bahia interagiu com uma anciã (108 anos!) da Comunidade da Boa Morte e com um ritual de candomblé, no Paraná teve uma forte experiência psíquica/mística, em Minas encantou-se estética e espiritualmente com nossos maravilhosos cristais, e aqui em SP, no Sesc Pompeia transformou esse trabalho com os cristais em instalação artística.

O mais legal é que ela não fez isso de forma jornalística e “objetiva”, mas participou de tudo com corpo e alma. Entregou-se a cada experiência de forma vivida, inteira, reflexiva, humana, às vezes sofrida, as vezes muito bem humorada. E então, sendo a artista que é, transformou as experiências nesse belo filme.

Ou seja, ela fez a Jornada da heroína completa, e a dadiva para o mundo está pronta e disponível para nós. Não percam!