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Heroínas do Brasil – Bidu Sayão

Balduína de Oliveira Sayão (1902/1999), conhecida como Bidu Sayão: cantora lírica, considerado uma das melhores do mundo

Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão, nasceu em Itaguaí, Rio de Janeiro em 1902. Era pequenininha, mas de forte personalidade. Sabia o que queria: dedicar-se ao canto lírico, cantar óperas. Sua voz era tão linda que o escritor Mario de Andrade lhe deu o apelido de Rouxinol do Brasil.

Ela estreou cantando, aos 18 anos no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi depois estudar na Europa e lá cantou uma ópera pela primeira vez, em 1926, em Roma. Sua estreia foi tão admirável que lhe rendeu a entrada definitiva no rol dos grandes intérpretes líricos da Europa. A partir daí cantou em vários teatros importantes nos mais diversos países.

Em 1937 estreou no Metropolitan Opera de Nova York, a grande casa de ópera norte-americana. Fez enorme sucesso e acabou integrando com destaque o elenco da companhia durante 13 anos, pois encantados os americanos não a deixaram partir. Continuou a dar concertos através de todo Estados Unidos, onde passou a morar, além de diversos países na Europa e América do Sul até encerrar sua carreira.
Em 1938, cantou para o presidente Roosevelt na Casa Branca, que, admirado com sua arte, lhe ofereceu a cidadania americana. Ela recusou a oferta, pois mesmo morando fora, sempre se viu brasileira.

Ao longo de sua carreira, conviveu e trabalhou com as grandes personalidades artísticas musicais do século XX , como o maestro italiano Arturo Toscanini, um de seus grandes admiradores – que a chamava de “la piccola brasiliana” .
Além disso, foi a parceira favorita de Villa-Lobos. Imortalizou sua Bachiana n.º 5, das Bachianas Brasileiras, numa gravação considerada pelo maestro como a mais perfeita já feita e que, por dois anos seguidos, foi o disco mais vendido nos Estados Unidos.

Bidu foi uma das mais importantes e requisitadas cantoras líricas do mundo! Encerrou a carreira em 1958, recebendo as maiores homenagens e melhores críticas.
Em 1995 foi homenageada pelo enredo da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis e desfilou, aos 93 anos, em um carro alegórico, chamado O Cisne Negro.

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