Indicação de livro: O pomar das almas pedidas
Mais um livro lido nessa jornada de descoberta de grandes escritoras africanas, O pomar das almas perdidas de Nadifa Mohamed , nascida na Somália e que cresceu e mora no Reino Unido. O livro é muito forte! É passado durante a feroz e violenta ditadura militar da Somália e o início da guerra civil e acompanha 3 protagonistas muito diferentes entre si . Mas, mais do que um livro sobre a vida em um regime militar e na guerra, O pomar das almas perdidas é uma obra tocante sobre a condição feminina em situações tão extremas. Apesar de tratar de temas bem pesados é lindamente escrito: comove, emociona e faz pensar.
Segue a sinopse: Intimista, singelo e poético, O pomar das almas perdidas nos lembra que a vida sempre continua, apesar do caos e do sofrimento. Nova edição do sucesso de Nadifa Mohamed, autora finalista do Booker Prize 2021. O pomar das almas perdidas se passa em 1987, quando a ditadura militar que está no poder faz demonstrações de força, mas o vento que sopra do deserto traz os rumores de uma revolução. Em breve, pelos olhos de três mulheres, vamos assistir ao mergulho do país em uma sangrenta guerra civil. Aos 9 anos, atraída pela promessa de ganhar seu primeiro par de sapatos, a menina Deqo deixa o campo de refugiados onde nascera. Em circunstâncias dramáticas, conhece Kawsar, uma viúva confinada em sua cama após ser espancada por Filsan, uma jovem soldado que deixara a capital para reprimir a rebelião que crescia no norte. Além de contar a história de uma guerra que chocou o mundo, Nadifa Mohamed desvenda a alma e a cultura do povo somali por meio de suas três protagonistas.
Uma reportagem do jornal O Globo de janeiro de 2022 feita sobre Nadifa e seu livro conta que o romance ‘O pomar das almas perdidas’ já esgotou duas tiragens no Brasil e acaba de ser reeditado. A escritora se surpreende com o r sucesso de seus livros no Brasil, país tão distante, geográfica e culturalmente, da Somália onde ela nasceu, em 1981. “O pomar das almas perdidas”, romance que se passa às vésperas da Guerra Civil, ganhou uma nova edição no final do ano passado. Nadifa, que às vezes troca mensagens com leitores brasileiros nas redes sociais, veio ao Rio de Janeiro em 2016 e participou da Festa Literária das Periferias (Flup), realizada na Cidade de Deus.
