Indicação de livro: O rio e a fonte
“O rio e a fonte” foi escrito pela queniana Margaret Ogola. Indico o livro, mas com ressalvas. Quais são elas? Em primeiro lugar achei as/os personagens meio estereotipados, sempre muito bons, fortes, íntegros, sem nuances como qualquer ser humano. Também não traz muitas informações sobre as questões culturais, a não ser a primeira parte (o livro tem 4) , que foi a que mais gostei e que trata da história da bisavó Akoko – para mim a personagem mais interessante. Outra coisa negativa, parece que a colonização não teve nenhum problema, foi quase sem conflito. Também surgem algumas frases da autora que me soaram moralistas. Aí podem me preguntar, mas porque você recomenda esse livro? Porque eu não consegui largar de lê-lo e eu não tenho a menor hesitação em parar de ler um livro se ele não me agrada. Isso por que todas as escritoras da África que li até agora nessa jornada literária são grandes contadoras de histórias, Margaret Ogola inclusa.
Segue a sinopse: “O rio e a fonte”, romance muito premiado da médica queniana Margaret Ogola, traça a vida de três gerações de mulheres em uma sociedade em constante desenvolvimento. Começando com a história de Akoko, que se passa em Luo – na província de Nyanza, no Quênia – até os filhos de Awiti, suas vidas transcorrem no decorrer do século XX e são interpeladas pelas mudanças de seu tempo. Leais aos valores familiares, as mulheres dessa história mostram-se capazes de suportar o sofrimento com determinação e coragem. O leitor poderá tocar, assim, a força da mulher africana para acolher as mudanças, ao mesmo tempo em que enfrentam os desafios que com elas advêm. É uma história épica cheia de risos e lágrimas, que traz uma visão verdadeira e envolvente da cultura e aspirações da mulher africana, do povo Luo.
