O retiro de Monica
Nesse depoimento que deu para o livro, Monica Jurado contou como foi um retiro voluntário que fez motivada apenas por questões internas.
“Passei então três anos em retiro: fazia práticas de ioga dos sonhos, passava dias – às vezes dez – em estado de transe, imóvel, em jejum, fazendo práticas do caminho interno. Ficava por tempos só andando no escuro.
Estudei bastante também. Comecei a estudar astrologia, astronomia, ciências oraculares. Sabia o I Ching quase de cor. Eu lia e meditava; não saía de casa. Meu único trabalho era fazer respirações, meditações, ioga e estudar.
(…)
Para quem está de fora é difícil entender esse processo. Eu sumi. Era uma pessoa sociável e sumi. Não via nenhum amigo, não tinha contato com ninguém a não ser com minha família.
Sumi do mundo porque tinha urgência disso. Era como um bálsamo pensar: “Agora eu posso sentar e ficar em meditação. Nada vai me tirar daqui: minha filha está bem, os gatos têm comida, eu posso ficar”.