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O tarô e a viagem do herói

   o tarô e a viagem do herói

Esse livro afirma que as 22 cartas dos Arcanos Maiores são marcos arquetípicos da jornada do herói em rumo à totalidade, que Jung chama de individuação, e que os arcanos são etapas desse caminho que você pode reconhecer e assim trabalhar melhor com ela. Olha só:

“A viagem do herói é a história mais antiga do mundo. Ela é a estrutura essencial dos mitos, dos contos de fadas e das lendas que nos contam como uma pessoa põe-se a caminho para realizar a grande obra. Nessa história, sempre se expressa um conhecimento imediato da nossa alma, por assim dizer, um conhecimento “que ela trouxe consigo”. Pois essa história mais velha do mundo é, ao mesmo tempo, uma história simbólica, uma parábola para o caminho de vida do ser humano. (…) É por isso que ela parece tão extraordinariamente familiar, apesar de todas as suas variações.

Por mais vezes que essa história tenha sido contada, não importa o número de contos de fadas e mitos que inspirou, nas imagens, como um todo, ela só tomou forma perfeita uma vez: nas 22 cartas dos Arcanos Maiores do tarô. Nos seus temas não se torna visível apenas o acontecimento arquetípico, mas muitas ramificações de estações isoladas tornam-se transparentes na estrutura das cartas, e o seu significado torna-se profundamente compreensível para a jornada de vida dos homens”.

“E o objetivo ou o fruto do caminho de individuação, a personalidade íntegra e amadurecida para a totalidade é o tema dos últimos três Arcanos Maiores, cartas 19 a 21, que são alcançadas por aquele que percorreu os dois mundos. Elas representam a volta à luz (O SOL), o mistério da transformação (O JULGAMENTO) e o reencontro do paraíso (O MUNDO)”.

Enfim, o autor diz que os arcanos são como “estações” que a gente percorre nos variados setores da vida, e podemos nos encontrar nas seguintes estações ao mesmo tempo.  Por exemplo:

  • No caminho de vida podemos estar no Enforcado
  • Na profissão em O Mundo, quando encontramos o nosso lugar.
  • No início de um novo projeto em O Carro, porque reconhecemos que nossa pretensão é significativa (Hierofante, Papa) e porque nos decidimos de todo o coração (Amantes) ousar realizá-lo (Carro).
  • No terreno do desenvolvimento da consciência, numa fase de retração em O Eremita, quando se trata de reconhecer nosso caráter especial e, com esse conhecimento, entender a nossa missão de vida (Roda da Fortuna).
  • Na solução de um problema pessoal em A Estrela, porque acabamos de criar uma ruptura decisiva (Torre), acabamos de ter novas esperanças e de vislumbrar novos horizontes (Estrela), mas temos de trazer essa experiência OU conhecimento ainda incertos e inseguros, atravessando o limiar até a luz (Lua), para a vida real (Sol), para que elas tragam as soluções (O Julgamento) e encontrem seu lugar duradouro (Mundo).

 

Fonte: O tarô e a viagem do herói, Hajo Banzhaf

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