O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Pensamentos e Imagens

As contradições são muito engraçadas: lá (interior do Rio Grande do Sul), eu era um exagero para fora, aqui (São Paulo), eu era o exagero para dentro. Na verdade, o grande me intimida. Na minha cidade, eu tinha um lugar muito bem definido, bem posicionado, de destaque…. ai chega aqui e você não é nada! Anonimato total, você não existe aqui. ….fiquei uns dois anos numa depressão terrível: de dor, de desamparo, de falta de identidade, é como uma morte! Como se eu tivesse interrompido a minha história anterior e nada mais fizesse sentido…. era como se eu tivesse morrido e não tinha história. Eu não me lembrava de nada de mim. Então comecei a atender e ouvir as histórias das pessoas. Cada história de cliente foi acordando dentro de mim a minha história. É como se através da história deles eu fosse recuperando a minha.

Trecho da entrevista de Neiva Bohnenberger falando de sua jornada, do livro “O FEMININO E O SAGRADO – MULHERES NA JORNADA DO HERÓI”.

2 comentários

  1. Lúcia disse:

    Encontrei-me, no texto, no que se refere sair de sua terra e sentir-se "estrangeira", em outra. Muito pior é uma nordestina, do Ceará, mudar-se para o Rio de Janeiro: nada fácil, nos primeiros anos.
    Gostei dessas páginas. Hei de voltar!
    Um abraço!

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