O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Prática de percepção: OLHAR-SE.


A Dama segura um espelho para que o Unicórnio possa ver-se.

Além do sentido literal, um espelho é também uma metáfora dos critérios que a gente usa para ver a si mesmo. Aqui, a Dama faz o Unicónio perceber quão lindo e especial ele é.

A ideia destas práticas simples é prestar atenção às nossas sensações corporais e percepções, e conectá-las a nosso mundo interno. Se quiser mais informações sobre isso, clique AQUI.
 

Não é preciso ter feito as práticas anteriores para fazer a de hoje, que consiste em: 


1. AFASTAR OUTROS ESTÍMULOS E CONCENTRAR-SE SÓ NISSO.  Não mexer nem olhar para o computador, celular, televisão, desligar o som, não falar. É melhor fazer esse exercício durante o dia, não de noite.

2. OLHAR SÓ PARA SUA ÍRIS (A PARTE COLORIDA DO OLHO) ATRAVÉS DE UM ESPELHO. Apenas a cor, forma e jeito do seu próprio olho.

3. DAR QUALIDADES AO QUE VÊ, PERCEBER OS SENTIMENTOS QUE ISSO TRAZ EFAZER ASSOCIAÇÕES EMOCIONAIS.
 Eu sigo mais ou menos o roteiro abaixo, mas não é preciso responder a tudo . Outra opção é se concentrar em apenas uma ou duas das questões.

4. DURAÇÃO: ALGUNS MINUTOS. Repetir outras vezes se possivel. 


 OBS. Se notar que está se criticando por qualquer razão, pare! Se está se criticando é porque pegou o espelho da madrasta da Branca de Neve em vez do nossa linda Dama. O espelho dela é amoroso, acolhedor. Por isso, o Unicóniofica feliz em se ver e coloca sua pata no joelho da Dama!
Mas se a gente perceber que está vendo a si e ao mundo do jeito carinhoso que a Dama vê o Unicónio, OBA! Se de vez em quando sentirmos uma ondinha amor simples e sem arrogância por nós mesmas e pelo que nos cerca, OBA OBA! Isso é se ver através do espelho da Dama!

Roteiro: Qual é a cor exata da minha íris? Essa cor é uniforme ou tem pequenos veios, rajados, pintinhas com outras cores? Essas cores me lembram algo como o mar, o outono, folhas, a noite? Sua forma é absolutamente redonda ou é ovalada? E a pupila, está pequenininha ou toma grande parte da íris? Como eu descreveria a expressão de meu olhar? Como descreveria o jeito que olho para o mundo: amigável, defensivo, agressivo, profundo, assustado? Se esse espelho fosse uma opinião, ideia, crença, religião ou filosofia através da qual eu vejo a mim mesma, qual seria? Ele é um estimulo e me beneficia, ou é critico e me coloca para baixo? Vejo os outros pelo mesmo espelho? Ele é inteiramente meu, ou será que eu  herdei de alguém? Continua válido hoje em dia?

Para ilustrar, trouxe um vídeo que mostra uma exposição com as tapeçarias e com quadros que artistas pintaram inspirados pela Dama, mostrando como há inúmeras maneiras de enxergar, vivenciar e trabalhar com a mesma imagem:

  

Texto de Beatriz Del Picchia, imagens das tapeçarias da Dama e o Unicórnio expostos no Museu de Cluny, Paris.

2 comentários

  1. Meninas, ADOREI este post! Uma prática tão simples e ao mesmo tempo tão profunda! Obrigada!
    Abraços

  2. Que bom que voce gostou e compreendeu, Cristiane! As praticas de percepção, que são postadas todas as quintas aqui, são todas simples e verdadeiras, ligadas as sensações e as percepções internas.
    Obrigada pelo retorno, abraços

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