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Sacerdotisas da Lua

A Deusa Lua e suas representantes locais, como Inana da Sumeria e Istar da Babilonia, eram deusas do amor e do sexo. Em seus templos, as sacerdotisas eram prostitutas sagradas que, simbolizando a própria Deusa, reconstituiam sua união com o amante unindo-se com qualquer fiel que quisesse se iniciar.

Esse era o ritual do hierosgamos, o casamento sagrado que garantia a fertilidade da terra. Era um sacrifício, um ritual, uma evocação e uma iniciação para ambos.

Em geral as sacerdotisas moravam no templo prestando serviços e fazendo ritos sexuais, zelando pela chama sagrada, pelos ritos da água e pelos sacrifícios.

Eram muito respeitadas e tinham mais direitos que as mulheres normais.Tanto que uma das poucas coisas que não podiam fazer era comprar e gerenciar um lugar que vendia bebidas alcoolicas, pois isso era identificado com as prostitutas não profanas, comuns.

E também as mulheres leigas normais deviam ao menos uma vez na vida ir ao templo e ter relação sexual com algum estranho que a quisesse. Depois disso ela se tornava santificada pela Deusa e “seu brilho pessoal aumentava”, contam os textos.

Esse costume era praticado na Babilônia, na Suméria, em Chipre, na Grécia primitiva e na Asia Menor. Bem mais tarde, mesmo depois que o patriarcado diminuiu ou acabou com isso, matronas romanas iam ao templo se oferecer quando queriam ter uma revelação ou presságio importante.

Esse costume depois transformou-se em cortar o cabelo e deixa-lo no altar da Deusa, que vemos até hoje em algumas igrejas.

Fonte: Os Misterios da Mulher, Esther Harding, Coleção Amor e Psique, Ed Paulus e A prostituta sagrada, Coleção

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