O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Um pouco sobre IANSÃ


• Iansã é a deusa do tempo atmosférico tropical, é dona das tempestades e dos ventos, do fogo e junto com Xangô, dos raios e dos trovões: é a Senhora do ar em movimento. Toda vez que um grande deslocamento de ar acontece se reconhece o seu poder de atuação.
• Tem a ver com nossas tempestades, inundações, ventanias internas, nossos tornados, com nossas emoções poderosas, que o patriarcado sufocou / quem não se sujeitou muitas vezes foi taxada de louca.
• Por ser vento Iansã não se prende a casa, precisa de espaços abertos para viver, precisa da liberdade.
• Iansã é a dona do mercado, tem capacidade de gerir negócios, lidera as mulheres e por isso representa o poder feminino.
• Realiza sua dança ritual chamado aguerê de Iansã. De tão rápido, repicado e dobrado, também é conhecido como “quebra-prato”; é ritmo mais rápido do candomblé.
• Sua cor é o vermelho-sangue, seus instrumentos são feitos de cobre. Duas correntes na sua cintura prendem os arôs, pequenos chifres de boi ou búfalo, ornamentados com metal na extremidade. Traz na mão direita um alfanje (pequena espada) e na esquerda um iruexim (espanta-moscas feito de crina de cavalo), com o qual comanda os eguns, os espíritos dos mortos
• Esse iruexim, sendo agitado com rapidez e em rodopio por Iansã, também faz “ventilar” o ar parado e coloca em movimento as coisas que precisam ser mudadas.
• Tem função de psicopompo, ajuda a conduzir os mortos e comanda os egum-egum. É ligada a transição vida – morte. É a única mulher a entrar na casa dos mortos.

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