O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Você se sentia uma menina diferente das outras?

Você se sentia meio “esquisita” quando era menina? Diferente? Se sim, você faz parte de uma turma de esquisitas que acabou descobrindo por que era assim… e que ainda bem que eram. Várias de nossas entrevistadas fazem parte dessa turma, que a Clarissa Pinkola descreve aqui nesse trecho do livro Circulo de mulheres -as novas irmandades.  Mais abaixo, a entrevistada Ma Devi Murti dá uma ideia de como é isso…

Várias entrevistadas tiveram a sensação de ser uma criança diferente das outras pessoas de seu meio, classificando-se como “esquisitas”, “inadequadas”, “perigosas”, “sem referência”.

A analista junguiana e autora do livro Mulheres que correm com os lobos, Clarissa Pinkola Estés (1994, p. 218), afirma:

As meninas que demonstram ter uma forte natureza instintiva muitas vezes passam por sofrimentos significativos no início da vida. Desde a época em que são bebês, são mantidas presas, domesticadas, e ouvem dizer que são inconvenientes ou teimosas. Suas naturezas selvagens revelam-se bem cedo. Elas são curiosas, habilidosas e possuem excentricidades leves de vários tipos, características estas que, se desenvolvidas, constituiriam a base para sua criatividade para o resto das suas vidas.

Assim, não é de espantar que mais tarde essas meninas acabem lidando, por exemplo, com círculos de mulheres – prática um tanto anticonvencional, mesmo tempo ancestral e moderna”.

A entrevistada Ma Devi Murti diz num trechinho de seu depoimento que “[…] Sempre procurei ser a primeira em tudo para esconder uma timidez enorme e a sensação de ser diferente…”

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