O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Zen, Nossa Senhora e uma sincronicidade


Dizem que nós, brasileiros, fazemos um samba do crioulo doido espiritual, seguindo ao mesmo tempo várias crenças diferentes. 
Não se trata apenas de sincretismos tipo chamar Iansã de Santa Barbara, mas de sermos, por exemplo, judias-budistas, católicos-umbandistas, taoistas-espiritas, e por aí vai.
Pode ser que a gente exagere nisso, mas será que entre as diversas espiritualidades não há mesmo mais afinidades e amizades do que diferenças e contradições?

Eu estava ruminando essas ideias quando fui passar um domingo no Kinkakujin, um cinerário e bosque em Itapecerica da Serra, com uma replica do Templo Dourado budista de Kyoto, Japão. 
Como você pode ver pelas fotos que tirei lá, é um lugar muito belo, com lago com carpas, cerejeiras…

Na volta para o estacionamento, em vez de subir pela via principal, eu me distraí e tomei um atalho lateral seguindo um riacho.  
Na mesma hora em que percebi que estava no caminho errado, vi duas velas brilhando mais adiante. Curiosa, fui ver o que seria.
Abrigada numa pequena gruta de pedra, estavam as duas velas ladeando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida! 
Levei um susto. Pela coincidência de me perder indo parar bem ali, pela emoção que senti porque a imagem parecia quase falar comigo, ou ao menos rir do meu susto. 
E principalmente pelo fato de estar justamente pensando em como unir diferentes crenças, o que seria certo ou errado nesse campo… e de repente dar com uma Nossa Senhora muito bem acomodada naquele lugar Zen budista! 
Parecia um tipo de resposta para minha questão…
Isso se chama sincronicidade: o mundo de fora e o mundo de dentro se unem num mesmo significado.
E eu adoro sincronicidades; tanto que até as coleciono!
Então, se você viveu alguma coisa assim, vou ficar muito grata se contar para mim, escrevendo aqui embaixo ou me enviando um email. 

Texto e fotos de Beatriz Del Picchia

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