No ponto limite a gente tem que extrair um sentido maior
“O mestrado foi uma oportunidade de refazer meu mundo. A tese foi meu quadro de pano. Eu trabalhava e cuidava do meu filho durante o dia e à noite, como no conto, eu “tecia”: escrevia. E foi com essa tese que compreendi melhor e sedimentei as bases do meu trabalho, no qual ancorei a minha vida.
O que acontece quando a gente é levada a um ponto limite, quando está diante da morte, da separação, de coisas muito difíceis (e aquilo foi como um déjà vu de quando minha irmãzinha morreu) é que você tem de extrair um sentido maior para a vida. Se não fizer isso você não vai realmente viver.
E esse trabalho é a minha missão de vida; nasci para isso, estou no mundo para isso. É o que o Jung chama de individuação. Isso ninguém me tira”.
Depoimento de Patrícia Pinna Bernardo