Você não está só – lema dos primeiros círculos femininos
Como tudo começou: a ideia básica dos primeiros círculos continua sendo a idéia mais importante para nós, mulheres, nos unirmos em algo que vale a pena para todas e para cada uma.
“Nos Estados Unidos, na Europa e na América Latina, pequenos grupos de mulheres começaram a se reunir para discutir de forma ampla a condição feminina.
Chamados de “grupos de criação ou expansão de consciência”, eles colocavam em xeque não apenas a escassez ou ausência de direitos das mulheres no mundo público, mas também no privado, no casamento, na família – enfim, dentro do “coração” da cultura.
Os grupos reuniam-se na casa das participantes, em cafés, escritórios etc. Nesses encontros, cada mulher deveria falar partindo da própria experiência e não apenas de um ponto de vista teórico. Nenhum aspecto da vida era deixado de lado. Depois de participar de um grupo, cada mulher era encorajada a tornar-se uma formadora de outro “grupo de consciência”, e assim estes foram proliferando.
Nesses encontros, as mulheres tomavam consciência das condições opressivas em que viviam e descobriam ter muito mais experiências em comum do que imaginavam. Como afirma a feminista e escritora Gloria Steinem, no livro Moving beyond words (apud Bolen, 2005, p. 235), a ideia era:
“Conte sua verdade pessoal, ouça as histórias das outras mulheres, perceba os temas em comum e descubra que o pessoal é também político – você não está só”.