Begijnhof, comunidade feminina pioneira de Amsterdam.
“Nunca, na minha vida, me senti tanto fazendo parte de um universo feminino tão acolhedor, aconchegante, encantado. Não sei se, no fundo, eu não tenho a fantasia de pertencer a uma irmandade feminina (talvez a um imenso harém, sem sultão) onde se criem filhos, se teça, se faça arte, artesanato e se compartilhem histórias. Acho que isso vem também por causa de meus 25 anos vivendo dentro de corporações tão fortemente patriarcais… CRISTINA”
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Bom, algo parecido com isso aconteceu em Amsterdam, em plena Idade Média.
Havia um excedente de mulheres ocasionada pela violência e guerras que tiraram a vida de muitos homens. Um grande número não tinha opção a não ser ir para o convento.
Mas vários conventos cobravam taxas de admissão muito altas, ou tinham regras muito rígidas, e muitas mulheres não queriam nem se submeter a elas, nem ser comandadas por autoridades eclesiásticas.
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Estabeleceram-se num local central de Amsterdam, em casinhas em redor de um pátio, onde moravam e trabalhavam. Não pagavam nada para morar lá, em troca de prestar cuidados aos doentes e de educar os jovens.
A última Beguine morreu em 1970, e a mais famosa foi Cornélia Arens, cuja estatua está nessa foto à esquerda que tirei lá três anos atrás.
É um lugar encantador, onde se sente orgulho das pioneiras libertárias que ali viveram com independência em épocas tão difíceis para as mulheres.
Que exemplo tão inspirador!
Adorei o post.
Bjs
Achei lindo o post e as fotos são tão lindas, parecem postais. Nesse momento penso como seria bom estar numa comunidade tranquila com arte, cura e o apoio de outras mulheres.
bjs
san
Cristiane, San, acho que todas nós em algum momento querem isso.. quem sabe um dia temos algo parecido aqui. bjs!