O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Indicação de livro: As vitoriosas


Hoje indico outro livro da francesa Laetitia Colombani, escritora de A trança, livro que já indiquei aqui. É também, como o outro, focado em personagens femininas, uma fictícia, Solène, uma advogada parisiense que vive nos tempos atuais e outra baseada numa mulher real, a ativista e uma das figuras mais importantes do Exército da Salvação, Blanche Peyron, que viveu no começo do século XX. A leitura corre fácil, as personagens são interessantes, especialmente Blanche: indico a leitura.

Segue a sinopse:
O cliente de Solène, uma bem-sucedida advogada parisiense, não dera indício algum de que, ao ouvir sua sentença, atentaria contra a própria vida. Ela tampouco poderia imaginar que testemunhar a cena causaria o colapso de algo dentro de si. Paralisada, Solène sabe que a base que mantinha sua vida de pé ruiu. O médico atesta burnoute recomenda: “trabalho voluntário”. Mas, ao mesmo tempo que retomar a rotina confortável vivida até então não faz mais sentido, ela não tem ideia de como criar para si uma nova realidade.
Quando um anúncio inusitado no jornal a leva até o abrigo conhecido como Palais de La
Femme, Solène encontra um grupo diversificado de mulheres, vindas de universos muito distantes do seu, e, aos poucos, começa a redescobrir um senso de propósito ao dedicar algumas horas semanais à função de escriba: no saguão do Palais, coloca-se à disposição das residentes para redigir cartas. Ela perceberá, no entanto, que, tanto quanto a de escrita, sua habilidade de escuta será crucial ali.
Assim como em seu livro de estreia, A trança, Laetitia Colombani entrelaça vidas de diferentes mulheres, jogando luz sobre graves problemas sociais. Em capítulos alternados, acompanhamos as trajetórias da fictícia Solène e da pioneira — e verídica — Blanche Peyron, figura-chave do ativismo francês do início do século XX. Ambas inspiradoras, cada uma à sua maneira, elas aprendem e ensinam a importância da esperança, da solidariedade entre mulheres e da empatia.

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