O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Rosadosventos

Faço a mandala, fotografo e desmancho. O centro e o campo são as unicas coisas que permanecem nessa prática de mandalas. O centro é uma flor de 5 petalas. O numero 5 representa o ser humano, o pentagrama mágico, o equilíbrio. O campo é um quadrado de papel. O  quadrado representa a terra, a matéria, o yin. O campo acolhe e delimita as manifestações, que são as mandalas impermanentes que se formam em torno do mesmo centro. A primeira foi feita com folhas de bambu e florzinhas secas vindas do meu jardim.

A palavra mandala vem do sanscrito e significa círculo. As tradicionais hinduistas e budistas geralmente são circulos dentro de quadrados simbolizando o céu dentro da terra, além de outras camadas de significados. Mas nessa pratica meditativa que faço a mandala vem do jeito que quer e carregando seus proprios significados, nunca explícitos e sempre fortes. A segunda madala aí abaixo seguiu o padrão círculo-quadrado, mas com contas de folhinhas que querem escapar dos limites do campo.

Regularmente, monges tibetanos criam uma enorme mandala de areia, a Kalachacra. Depois de pronta, fazem um ritual e a desmancham. Dá pena, mas é assim a impermanencia das coisas. Essa prática que faço é parecida. Minhas pequenas mandalas de flores, fitas, pedrinhas, já surgem  impermanentes: fotografo e as desmancho. A terceira madala aí embaixo foi feita de contas de sandalo, usadas nas pulseiras budistas. Já se foi, agora só existe aqui. Existe?

Estrelas são guias na escuridão, são buraquinhos que deixam passar a luz do ovo cósmico. A de 5 pontas representa o ser humano radioso como luz, a perfeição, o equilíbrio, e muito mais. Uma estrela de varetas e contas formou a quarta mandala abaixo. Rodeando a flor central, é um guia para o que não é visível. Se quiser ver mais: @biapicchia no instagram

Azul

Japa

Estrela