O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Férias? Experimente passar na sua própria Disneylândia

– “Sabe o que é a Disneylândia? É uma projeção externa do nosso imaginário. Se as pessoas não conseguem entrar na própria imaginação, sem duvida conseguem entrar na de Disney, até porque ele – o Disney mesmo – as ajudará”, disse Campbell no livro MITO E TRANSFORMAÇÃO.

Veja só, gente, podemos economizar o preço das passagens viajando só dentro da nossa própria cabeça, onde moram a Cinderela, as fadas, os príncipes encantados, onde estão os castelos…  Não espalhe, mas os que estão na Disney são só gente fantasiada, tá?

Brincadeira, mas de fato o ele quer dizer que o ‘outro mundo” dos contos de fadas, da mitologia e dos contos de fantasmas é nosso mundo interior. As fadas de verdade estão aqui dentro…E se a gente gosta de se divertir na Disney é porque e o contato com esse mundo, seja através de figuras como a Cinderela ou, num outro nível, de obras de arte como nos dá alguma coisa de bom, nos dinamiza de alguma forma. Por que?

Porque a verdadeira arte não é apenas expressão de uma só pessoa, o artista, mas possui algo que convoca a energia interna de quem a vê. De novo, por que? Porque, diz Jung, a obra de arte tem sua origem no mito, que está fincado num processo simbólico inconsciente que todos nós temos.

O poder das imagens e da musica pode levar o ser humano a outros estados de consciência. Por exemplo, a mandala é uma imagem poderosa na qual a gente pode ver um circulo simbólico no qual estamos no centro. A meditação com tambores dá acesso a profundos e curativos espaços de nós mesmas, e voltar trazendo de lá nova força e/ou mudança de direção.

Na mitologia esses acessos a outros estados de consciência são comparados a viagens a outras realidades, aos mundos fora do comum das imagens arquetípicas, da fantasia, dos sonhos e contos de fadas.

Não estou falando aqui de fantasias que dependem de outros, como as amorosas, as de consumo e as de poder, mas sim das que brotam de nós mesmas se a gente se permite simplesmente se deixar navegar nas artes, atividades e estados de espírito que nos inspiram.

O que vem do mundo simbólico do inconsciente coletivo tem poder em sí. Jung diz que esse mundo se manifesta na visão do artista, na inspiração do pensador, na vivência do individuo criativo, na experiência interior da pessoa religiosa.

E na sua, se permitir.

 

 

 

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