O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Prática de percepção Dama e Unicórnio: SENSIBILIZAR-SE


Há muitos animaizinhos na tapeçaria. A Dama, o Leão e o Unicónio protegem e cuidam com ternura de todos eles.
 Se não habitamos terras devastadas e inóspitas, estamos sempre cercados por pequenas e sensíveis vidas. Também internamente temos animaizinhos frágeis que precisam de cuidados para existir, pois se desaparecerem nossa tapeçaria vai ficar muito sem graça. 
Para ilustrar, um lindo vídeo de animação com o tema da Dama que mostra a importância dos bichinhos no paraíso da tapeçaria:


A ideia destas práticas simples é prestar atenção às nossas sensações corporais e percepções, e conectá-las a nosso mundo interno. Se quiser mais informações sobre isso, clique AQUI.

Não é preciso ter feito as práticas anteriores para fazer a de hoje, que consiste em:


1.AFASTAR OUTROS ESTÍMULOS E CONCENTRAR-SE SÓ NISSO. Não mexer nem olhar para o computador, celular, televisão, desligar o som, não falar.
2. OBSERVAR UM OU ALGUNS PEQUENOS ANIMAIS de preferência não virtuais, se possível. Pode ser um cachorrinho, gato, passarinho, uma pomba, peixes no aquário.
3.DAR QUALIDADES AO QUE É VISTO, PERCEBER OS SENTIMENTOSque isso nos traz e FAZER ASSOCIAÇÕES EMOCIONAIS. Eu sigo mais ou menos o roteiroabaixo, mas não é preciso responder nem se preocupar com todas essas questões. Outra opção é se concentrar em apenas uma ou duas das perguntas.
4. DURAÇÂO: ALGUNS MINUTOS.
Se na rua os passarinhos vierem cantar para nós e os cachorrinhos balançarem os rabos ao nos ver passar, OBA!  Se soubermos lidar com carinho e amor das pequenas maravilhas delicadas que nossa sensibilidade nos traz, OBA OBA! É o paraíso da tapeçaria da Dama que está se integrando em nossas vidas!
Roteiro – Quais características tem esse animalzinho: rapidez, graça, leveza, alegria, ternura, harmonia, paz, beleza..? Me dá vontade de fazer alguma coisa como abraçar, aproximar, afastar-me, fotografar, pegar, beijar…? Me inspira carinho, pena, preocupação, cuidado, amor..? Ele e suas qualidades me lembram alguma pessoa, coisa, lugar, parte da minha vida? Tenho alguma característica interna frágil e sensível parecida com a de um bichinho? Se essa parte minha fosse um animalzinho, qual seria: um assustado coelhinho, um esvoaçante passarinho, um doce cachorrinho, uma carente pombinha, um delicado peixinho, um gatinho sensual? Consigo expressar essa parte minha onde: no amor, na arte, no meu jeito de cuidar dos outros, na minha espiritualidade, em alguma habilidade ou dom..? Como protejo essa parte minha: escondendo-a da maioria das pessoas, deixando que ela surja só de vez em quando, trancando-a a sete chaves, ou a deixando solta no mundo..? Como lido com essa parte frágil dos outros: desprezo um pouco, tomo cuidado, fico impaciente, acolho, finjo que não vejo? E em mim mesma, faço do mesmo modo? E no mundo?  Consigo imaginar como seria o mundo sem isso?
Texto de Beatriz Del Picchia, imagens das tapeçarias da Dama e o Unicórnio expostos no Museu de Cluny, Paris.

 

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