O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

                                  libere-se

Uma crença religiosa te faz sentir culpada ou incomodada? Ou uma crença estética, tipo tenho que ser magra, bela, jovem? Ou crença psicológica: tenho que estar sempre bem e nunca ficar deprimida ou insegura? Ou crença amorosa: não dá para viver sem paixão, ter um parceiro amoroso é fundamental para ser feliz?

Ou crença financeira: eu já tinha que ter mais grana, um imóvel? Ou crença de que tinha que ter sucesso na carreira, profissão? Ou crença de saúde: tinha que ter índices perfeitos, fazer ginastica, regime para não ter tanto medo da morte? Ou…

Estamos cercadas por crenças tóxicas. Estamos contaminadas por elas, e nós mulheres ainda mais do que os homens. O pior é que muitas vezes nós acreditamos mesmo nelas.

Por exemplo, crenças estimuladas pelas autoridades faziam com que o povo caçasse as bruxas na Idade Média. E muitas mulheres se consideravam culpadas e apontavam o dedo para outras, internalizando a culpa que a sociedade lhes dava; muitas acabaram acreditando que eram bruxas más mesmo sem tortura. Muitas acreditavam que se estavam sofrendo aquilo era porque mereciam, mesmo sem saber por quê. Muitas até acusavam outras de tanto que acreditavam nas crenças contra as mulheres.

Então, amigas, a primeira coisa que nos cabe é perceber quais são as crenças que nos pegam.  Depois olhar para cada crença, uma por uma.  Olhe para o efeito que ela causa em você. Te enfraquece, entristece, tira a esperança? E se pergunte: essa crença é baseada no que? Tem sentido? Que tipo de gente a defende? Por que a mantenho, se me faz mal? Acredito nisso mesmo, de coração? E siga por aí. Este é um processo de cura, e a cura começa pelo diagnóstico.

Parcialmente baseado em História da Bruxaria, Ed Aleph